Gostaria de começar pela estrutura excêntrica que a história
se desenrola, com constantes quebras da quarta parede, que, além de ajudar a
manter o ritmo do filme, passa ao espectador mais segurança e até egocentrismo, vindos do
carismático Jordan Belfort (Leonardo Dicaprio). O personagem, aliás, conduziu o
filme com exageros na medida certa, desde sua insegurança ao adentrar a venerada
e temida Wall Street até seu complexo megalomaníaco, no auge do seu sucesso.
Além de Dicaprio, são dignos de reverências Jonah Hill, que até o tom de voz mudou para viver Donnie Azoff, e Matthew Mcconaughey, como Mark Hanna, o primeiro chefe de Jordan, frenético e com danos mentais óbvios (bem provavelmente por seu tempo vivido nesse ramo).
Além de Dicaprio, são dignos de reverências Jonah Hill, que até o tom de voz mudou para viver Donnie Azoff, e Matthew Mcconaughey, como Mark Hanna, o primeiro chefe de Jordan, frenético e com danos mentais óbvios (bem provavelmente por seu tempo vivido nesse ramo).
É com seus discursos amorais e politicamente incorretos que Belfort
vai recrutando os jovens mais sedentos por dinheiro, criando, aos poucos, sua
matilha, até ser abordado por um agente do FBI no seu iate, resultando no
melhor diálogo do filme, em que Jordan tenta implicitamente suborná-lo, mas
fracassa. Então, diante da recusa, vai assumindo um tom mais agressivo até
atingir um surto de ostentação.
Apesar de contar com várias outras cenas marcantes, como a
da overdose de "Ludes", e a do iate na tempestade, o filme desanda um
pouco perto do final, quando os acontecimentos sequenciados ficam muito
acelerados, talvez, numa tentativa de ser fiel aos fatos do livro. Nada disso, no entanto, tira
o mérito de Martin Scorsese, que mesmo aos 71 anos, mostra-se em forma com essa
comédia ágil de teor jovem e que nem o tempo pode ir contra seu vigor pela
sétima arte.
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